O caderno de Linguagens, Códigos e Suas
Tecnologias do Enem 2015 foram constituídos de
45 questões, cinco questões foram de Língua Estrangeira, na inscrição para o ENEM,
o candidato tem a liberdade de escolher se deseja fazer as cinco questões de
inglês ou de espanhol. As questões não são as mesmas, com apenas o idioma
modificado. São questões diferentes, porém mantendo o mesmo nível de dificuldade.
O que pode ser uma felicidade para
alguns, para outros é um ato de indecisão e preocupação. Se você é fluente ou
tem um estudo relativamente avançado em um dos dois idiomas, a escolha é bem
fácil. Mas para quem não tem domínio por inglês ou espanhol, vale a pena considerar
algumas coisas antes de tomar essa decisão.
Origem da linguagem
Muitas pessoas pensam que o espanhol
é mais fácil por ser um idioma mais “próximo” do português. Essa “proximidade”
que tanto falam trata-se da origem da linguagem. O português e o espanhol têm
origem românica e, por isso, possuem uma gramática mais parecida.
Por exemplo, em ambos os idiomas, há
conjugação dos verbos, Já no inglês, idioma de origem anglo-saxônica, podemos
dizer que o tratamento dos verbos é mais simples, pois há a utilização de
verbos auxiliares para indicar o tempo e o modo verbal.
Palavras cognatas
Duas palavras de idiomas diferentes
são cognatas quando apresentam igual ou semelhante grafia. Vejamos alguns exemplos
de cada idioma. Entre português e inglês temos: different = diferente, other = outro, regular = regular, e muitos outros. Entre português
e espanhol, alguns exemplos são: aire = ar, verdad = verdade, trabajo = trabalho.
Porém, existem os falsos cognatos
que são as palavras de igual ou semelhante grafia, mas com significados muito
distintos. O perigo de traduzir um cognato de maneira errada existe tanto no
espanhol como no inglês. Entretanto, acredito que no espanhol, isso se torna
mais perigoso por causa da fama desse idioma ser parecido com o português, de
ter vocabulários parecidos e de fácil tradução. É o famoso “pero que si pero
que no” que muitos brasileiros brincam ao afirmar “Espanhol? Sei me virar!”.
Vejamos alguns exemplos de falsos
cognatos. Primeiramente, no Inglês: actually = realmente, charge = cobrar, come = entrar, lunch = almoço, relatives = parentes, tax = imposto. No Espanhol: abonar = pagar, borracha = bêbada, cadera = quadris, conozco = conheço, grasa = gordura, pipa = cachimbo.
Convívio com o idioma
Outro fator que vale a pena
considerar para decidir em qual idioma realizar as questões é o convívio que
você tem ou já teve durante toda sua vida com cada língua, filmes legendados,
músicas internacionais, viagens, aulas na escola (ensino fundamental e/ou
médio), tudo isso deve ser considerado.
Mas lembre-se de que, no Enem, o que
importa não é o seu nível de comunicação no idioma, ou seja, conseguir falar ou
entender o que foi dito naquela língua, mas sim seu nível de interpretação.
Quanto mais palavras souber traduzir, mais fácil ficará para interpretar os
textos dos enunciados das questões.
Faça o teste
Após essas ressalvas, a dica é que
você conheça o estilo das questões e teste se você realmente consegue ler e
interpretar um texto no idioma escolhido. Para isso, é interessante realizar
questões das edições passadas do Enem para ajudar você nessa escolha.